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Reflexões sobre a liderança emocional feminina.

O assunto da vez é liderança emocional. Mas antes de entrar no campo das emoções que é um dos requisitos para uma posição de liderança, preciso voltar alguns passos. O que você entende sobre o que é ser líder? A pergunta é para muitas mulheres que acreditam que não possuem liderança dentro de si, pois associam o termo com alguém que possui subordinados, funcionários, pessoas que prestem serviço a elas. Mas não é exatamente isso. Todas nós temos um perfil de liderança e isso tem a ver com o quanto você toma as rédeas da sua vida.

Um pouco sobre o muito que não sabemos.

Você sabia que a porcentagem do que realmente sabemos sobre nós é muito pequena perto de todas as coisas que nem imaginamos que não sabemos? E é esse campo que merece ser explorado. Para ter liderança emocional é preciso acessar seu mundo interior. Entender que está tudo dentro de nós, apesar de ainda ser desconhecido. Sabe aquele comportamento agressivo de um superior ou de um familiar? Pode ser resultado de algum momento vivenciado na história dele, e a resposta está no sistema de valores, crenças e significados de todas as experiências que viveu.

Um exemplo recente, que foi amplamente divulgado na mídia, foi o caso do desembargador que foi extremamente ríspido, arrogante e até antiético com um guarda civil municipal após ser multado por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia. É possível ver claramente a falta de liderança emocional naquele momento. Certamente, essa pessoa deve estar com um desajuste interno. Mas o que está acontecendo de fato? O que está por trás dessa pessoa? Qual emoção que ela não está conseguindo lidar? O que ela carrega dentro de si que faz com que aja dessa forma? Pode ser que no caso do desembargador, ele já tenha esse perfil? Sim. Mas algo está potencializando isso. Existe uma dor ali dentro.

Existem dores internas em todas nós.

Todos nossos traumas e experiências ruins estão registrados em nosso inconsciente, e como em um campo minado, quando vivemos situações parecidas, a mente rapidamente associa com aquelas vivências passadas e as bombas estouram. Uma das principais emoções que nos impede de agir é o medo, atrapalhando muito o desenvolvimento pessoal e profissional. Na carreira, essa emoção geralmente causa procrastinação, desmotivação, insegurança, arrogância, desconfiança, entre outros. Na vida, pode causar carência afetiva, ciúmes, vícios em compras, agressividade, possessividade, crítica e muito mais. Mas o problema não está no medo em si, e sim, em como você lida com ele. Qual é o medo que está tomando conta da sua vida? Você o deixa te dominar, imobilizar ou escuta e entende a mensagem dele para se movimentar de forma diferente?

“Enquanto muitos choram, tem gente vendendo lenço. ”

O desafio não é o que acontece conosco, e sim, como nós lidamos com o impacto emocional que vem de fora. É olhar para esse movimento emocional sem se sentir afogada por ele. É não se paralisar com o medo. É enfrentar as frustrações e dissabores, se permitindo viver as dores, mas com o entendimento de que irá passar. É saber pedir ajuda sem culpar o outro, e sim se autorresponsabilizar. Pois, quando a gente entende o que a emoção quer dizer e voltamos para dentro, entramos em um movimento de solução, de ação e nunca de vitimização. Quanto mais rápido olhamos para dentro, mais rápido saímos da dor.

Não podemos esperar que o outro solucione nossas questões, pois, dessa forma, não estamos protagonizando nossa própria história. E a mulher protagonista é aquela autorresponsável, que não busca validação e reafirmação do outro, e sim, decide por ela. Afinal, se ficarmos presas às definições do mundo, não viveremos, apenas sobreviveremos. Por isso, em tempos de mudança, temos que fazer diferente.

Uma liderança emocional nada mais é do que uma liderança constituída de inteligência emocional, aquela pessoa que buscou através do autoconhecimento se entender, entender suas emoções em prol do todo. Os líderes têm a flexibilidade cognitiva de saber trabalhar o lado emocional e o racional, equilibrando os dois. São pessoas que assumem a responsabilidade e não a culpa. E também não se culpam. Elas compartilham e sabem dividir. Elas entregam o resultado.

Para isso, os pilares da inteligência emocional são imensamente necessários: – Autorresponsabilidade: para assumir seus erros. – Percepção e conexão com suas emoções: para compreender o que está acontecendo, conversando com seus sentimentos. – Foco: para agir e não apenas reagir. – Ação protagonista: foco na solução e não no problema.

Buscar a inteligência emocional é acessar um campo dentro de nós que muitas vezes nem sabemos que existe e é essencial para uma vida equilibrada! É conhecer cada pensamento e gatilho que nos leva para o campo minado das nossas vivências e iluminar o nosso caminho para nos tornarmos pessoas melhores e mais felizes.

Artigo escrito para a Revista Dolce Morumbi, em 27/07/2020.
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Ana Kekligian é Palestrante, Fundadora da EBC – Empresa Brasileira de Coaching, Master Coach, Analista Comportamental, Especialista em Inteligência Emocional e Especialista em Produtividade. Atualmente com cinco importantes certificações internacionais pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching: Professional & Self Coaching, Coaching Ericksoriano, Master Coach, Análise Comportamental e Inteligência Emocional. Certificado de Especialista em Inteligência Emocional pela SBIE – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e Triad Certified Productivity Specialist, formada pela TriadePS.

Vasta experiência corporativa, onde atuou como executiva de marketing por mais de 18 anos em importantes empresas.

Além disso, administra outros importantes papéis: como mulher, mãe, filha, irmão, amiga e CEO de si mesma.